sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Soneto para o cachorro

Outro dia comum,outro dia agitado
Na volta pela poluição-agora natural.
Entro e vejo meu cachorro,
Ele sorri e lati,pula e brinca
Brinca cachorro!Pule, Salte ,Deite
Só nao finjá de morto
-Que sua morte eu nao vou aguentar.
Perante minha horrenda imagem
E todos os meus defeitos visiveis
Todo o meu fracasso nao te abala?
Seria pena ou só amor?
Amor verdadeiro...amor de cachorro
Amigo que depende de min, mais nao reclama
Nao grita nem pia,...
Só chora quando eu falto,
E basta eu ser eu, para ele ser feliz.
Nao me entende, mais compreende...
Me acode e me salva de min mesmo
Me ama verdadeiramente e nao me machuca
Cachorro bom, cachorro amigo.

Autor : Lord Agx

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sobras ao vento..


Cabe somente ao vento levar minhas particulas
Um pouquinho de minhas dores em minha sombra
Que tanto correu de min e me deixava sofrer o frio
Somente pequenas particulas de min
Explorando o infito e fugindo,fugindo...
De todas as complicaçoes da vida e das deciçoes
Fugindo dos pensamentos,fugindo de meus pensamentos...

Só olhe para min agora!Olhe para min agora...
E Veja oque sobrou, alem dessa melancolica criatura
Que vaga nas noites turvas sobre um retrato borrado
Que chora lagrimas vermelhas ,pesca pesadelos
E mora nas trevas..Só olhe para min
E me veja indo embora aos poucos...
Uma morte lenta e demorada e agonizante

Só olhe e lamente,ou ria...nao faz diferença
Já estou no chao,minha tendencia é só afundar
Só olhe para min agora e veja que nao sou nada alem
De Sobras ao vento...

Autor : Lord Agx

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ao saltar de minhas pétalas²


Apenas profundamente enchendo sua luz de escuridão
Era assim o seu pranto eu nao consequia abafar
-Pétala que antes era minha, volte para cá.
Agora como uma pequena sombra ao passar no arco-íris

Ela caia e nem ao mortos pertubava, ninquem, NINQUEM!
Olhava para essa minha parte,que de medo e agonia caminhava
NINQUEM! olhava a sua face para lhe dar as boas vindas
E dizer: Bem vindo ao "Cemiterio dos Sonhos Esquecidos"

E a corrente se sequia durante uma dança folclórica local
Que dizia em hino retumbamte:
"Caminhe, e pense , pois a unica dádiva de deus é o pensamento"
Que de deus por outrora nao abençoava suas imagens

Antes divinos e lindos ao completar uma bela paisagem
Agora ,resto putefrico de sonho com beleza dilacerada
E no alge de um altar eles se reuniam e choravam
E para todo o infinito, a uma alma especial eles oravam:

"...Se um dia houver sofrimento em seu ser, mande para min
Se um dia, houver solidão em sua vida, me mande -afinal,já estou só
E em todas suas magoas eu te protegeres,
e em todas as angustias eu de ti vou tirar..."

E sobre os campos se via mais rosas negras e coraçoes murchos
Murchos de tristeza, Murchos de felicidade ,Murchos de Amor.
- E eu somente a lacrimejar ao ver minha rosa saltar para este mundo pertubado
Aonde os sonhos sao destruidos e o Ódio é adorado.

-Contra meu peito que antes voce se acolhia e chorava
Agora sofre diante de tormento ,governado por desilusões e sentimentos
Mais que febril, e nem mais que Belo...porem a mesma Beleza Dilacerada
Em que me encontro ao sonhar em bem para ti !-

Autor : Lord Agx

Ao saltar de minhas pétalas¹


Pesadamente se despedaçam as pétalas
-Elas se despedaçam penosamente
E param o tempo com sua angústia
Ao cair em uma terra de tormento

Provinda de uma alegria interrompida
De loucuras nunca antes vividas
Agora se vai e cai para um mundo tenebroso
Onde apenas dominam a fome, a fome dos homens

-Se eu tivesse como quarda-lá em meus braços
-Aos poucos eu secaria o seu pranto
-Te salvaria e seria o escudo das infermidades de sentimentos
-Nao te deixaria respirar o ar impuro de sofrimento

E a Ternura ainda pouco visivel se cobre
Com mascarás escuras de manchas vermelhas
No pulso cortes de lembranças de passado
Na mente, pesadelos para o seu futuro

E eu aqui ipotente, sofrendo tamanha dor
Ao ver meu pequeno anjo que cutivei com carinho
Minha linda pétala de rosa, agora cai e vira flor
E eu mórbido como a lua a iluminar seus passos.

Autor : Lord Agx

Suicidal Dream - Silverchain

Suicidal Dream
I dream about, how it's going to end,
Approaching me quickly,
Leaving a life of fear,
I only want my mind to be clear,
People, making fun of me,
For no reason but jealousy,
I fantasise about my death,
I'll kill myself from holding my breath,

My suicidal dream,
Voices telling me what to do,
My suicidal dream,
I'm sure you will get yours too,

Help me, comfort me,
Stop me from feeling what I'm feeling now,
The rope is here,
Now I'll find a use,
I'll kill myself,
I'll put my head in a noose,

My suicidal dream,
Voices telling me what to do,
My suicidal dream,
I'm sure you will get yours too,

Dreamin' about my death, dream,
Suicidal, suicidal, suicidal dream,
I'm suicidal,
Suicidal dream,

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Inês


Não me sorrias à sombria fronte,
Ai! sorrir eu não posso novamente:
Que o céu afaste o que tu chorarias
E em vão talvez chorasses, tão somente.

E perguntas que dor trago secreta,
A roer minha alegria e juventude?
E em vão procuras conhecer-me a angústia
Que nem tu tornarias menos rude?

Não é o amor, não é nem mesmo o ódio,
Nem de baixa ambição honras perdidas,
Que me fazem opor-me ao meu estado
E evadir-me das coisas mais queridas.

De tudo o que eu encontro, escuto, ou vejo,
É esse tédio que deriva, e quanto!
Não, a Beleza não me dá prazer,
Teus olhos para mim mal têm encanto.

Esta tristeza imóvel e sem fim
É a do judeu errante e fabuloso
Que não verá além da sepultura
E em vida não terá nenhum repouso.

Que exilado - de si pode fugir?
Mesmo nas zonas mais e mais distantes,
Sempre me caça a praga da existência,
O Pensamento, que é um demônio, antes.

Mas os outros parecem transportar-se
De prazer e, o que eu deixo, apreciar;
Possam sempre sonhar com esses arroubos
E como acordo nunca despertar!

Por muitos climas o meu fado é ir-me,
Ir-se com um recordar amaldiçoado;
Meu consolo é saber que ocorra embora
O que ocorrer, o pior já me foi dado.

Qual foi esse pior? Não me perguntes,
Não pesquises por que é que consterno!
Sorri! não sofras risco em desvendar
O coração de um homem: dentro é o Inferno.


Lord Byron

Estâncias para Música


Alegria não há que o mundo dê, como a que tira.
Quando, do pensamento de antes, a paixão expira
Na triste decadência do sentir;
Não é na jovem face apenas o rubor
Que esmaia rápido, porém do pensamento a flor
Vai-se antes de que a própria juventude possa ir.
Alguns cuja alma bóia no naufrágio da ventura
Aos escolhos da culpa ou mar do excesso são levados;
O ímã da rota foi-se, ou só e em vão aponta a obscura
Praia que nunca atingirão os panos lacerados.
Então, frio mortal da alma, como a noite desce;
Não sente ela a dor de outrem, nem a sua ousa sonhar;
toda a fonte do pranto, o frio a veio enregelar;
Brilham ainda os olhos: é o gelo que aparece.
Dos lábios flua o espírito, e a alegria o peito invada,
Na meia-noite já sem esperança de repouso:
É como na hera em torno de uma torre já arruinada,
Verde por fora, e fresca, mas por baixo cinza anoso.
Pudesse eu me sentir ou ser como em horas passadas,
Ou como outrora sobre cenas idas chorar tanto;
Parecem doces no deserto as fontes, se salgadas:
No ermo da vida assim seria para mim o pranto


Lord Byron

Adeus


Adeus! e para sempre embora,
Que seja para nunca mais:
Sei teu rancor - mas contra ti
Não me rebelarei jamais.

Visses nu meu peito, onde a fronte
Tu descansavas mansamente
E te tomava um calmo sono
Que perderás completamente:

Que cada fundo pensamento
No coração pudesses ver!
Que estava mal deixá-lo assim
Por fim virias a saber.

Louve-te o mundo por teu ato,
Sorria ele ante a ação feia:
Esse louvor deve ofender-te,
Pois funda-se na dor alheia.

Desfigurassem-me defeitos:
Mão não havia menos dura
Que a de quem antes me abraçava
Que me ferisse assim sem cura?

Não te iludas contudo: o amor
Pode afundar-se devagar;
Porém não pode corações
Um golpe súbito apartar.

O teu retém a sua vida,
E o meu, também, bata sangrando;
E a eterna idéia que me aflige
É que nos vermos não tem quando.

Digo palavras de tristeza
Maior que os mortos lastimar;
Hão de as manhãs, pois viveremos,
De um leito viúvo despertar.

E ao achares consolo, quando
A nossa filha balbuciar,
Ensiná-la-ás a dizer "Pai",
Se o meu desvelo vai faltar?

Quando as mãozinhas te apertarem
E ela teu lábio -houver beijado,
Pensa em mim, que te bendirei
Teu amor ter-me-ia abençoado.

Se parecerem os seus traços
Com os de quem podes não mais ver,
Teu coração pulsará suave,
E fiel a mim há de tremer.

Talvez conheças minhas faltas,
Minha loucura ninguém sabe;
Minha esperança, aonde tu vás,
Murcha, mas vai, que ela em ti cabe.

Abalou-se o que sinto; o orgulho,
Que o mundo não pôde curvar,
Curvou-se a ti: se a abandonaste,
Minha alma vejo-a a me deixar.

Tudo acabou - é vão falar -,
Mais vão ainda o que eu disser;
Mas forçam rumo os pensamentos
Que não podemos empecer.

Adeus! assim de ti afastado,
Cada laço estreito a perder,
O coração só e murcho e seco,
Mais que isto mal posso morrer.


Lord Byron

Oceano


Rola, Oceano profundo e azul sombrio, rola!
Caminham dez mil frotas sobre ti, em vão;
de ruínas o homem marca a terra, mas se evola
na praia o seu domínio. Na úmida extensão
só tu causas naufrágios; não, da destruição
feita pelo homem sombra alguma se mantém,
exceto se, gota de chuva, ele também
se afunda a borbulhar com seu gemido,
sem féretro, sem túmulo, desconhecido.

Do passo do há traços em teus caminhos,
nem são presa teus campos. Ergues-te e o sacodes
de ti; desprezas os poderes tão mesquinhos
que usa para assolar a terra, já que podes
de teu seio atirá-lo aos céus; assim o lanças
tremendo uivando em teus borrifos escarninhos
rumo a seus deuses - nos quais firma as esperanças
de achar um portou angra próxima, talvez -
e o devolves á terra: - jaza aí, de vez.

Os armamentos que fulminam as muralhas
das cidades de pedra - e tremem as nações
ante eles, como os reis em suas capitais - ,
os leviatãs de roble, cujas proporções
levam o seu criador de barro a se apontar
como Senhor do Oceano e árbitro das batalhas,
fundem-se todos nessas ondas tão fatais
para a orgulhosa Armada ou para Trafalgar.

Tuas bordas são reinos, mas o tempo os traga:
Grécia, Roma, Catargo, Assíria, onde é que estão?
Quando outrora eram livres tu as devastavas,
e tiranos copiaram-te, a partir de então;
manda o estrangeiro em praias rudes ou escravas;
reinos secaram-se em desertos, nesse espaço,
mas tu não mudas, salvo no florear da vaga;
em tua fronte azul o tempo não põe traço;
como és agora, viu-te a aurora da criação.

Tu, espelho glorioso, onde no temporal
reflete sua imagem Deus onipotente;
calmo ou convulso, quando há brisa ou vendaval,
quer a gelar o pólo, quer em cima ardente
a ondear sombrio, - tu és sublime e sem final,
cópia da eternidade, trono do Invisível;
os monstros dos abismos nascem do teu lodo;
insondável, sozinho avanças, és terrível.

Amei-te, Oceano! Em meus folguedos juvenis
ir levado em teu peito, como tua espuma,
era um prazer; desde meus tempos infantis
divertir-me com as ondas dava-me alegria;
quando, porém, ao refrescar-se o mar, alguma
de tuas vagas de causar pavor se erguia,
sendo eu teu filho esse pavor me seduzia
e era agradável: nessas ondas eu confiava
e, como agora, a tua juba eu alisava.


Lord Byron
(Tradução de Castro Alves)

^Trevas^




Eu tive um sonho que não era em todo um sonho
O sol esplêndido extinguira-se, e as estrelas
Vagueavam escuras pelo espaço eterno,
Sem raios nem roteiro, e a enregelada terra
Girava cega e negrejante no ar sem lua;
Veio e foi-se a manhã - Veio e não trouxe o dia;
E os homens esqueceram as paixões, no horror
Dessa desolação; e os corações esfriaram
Numa prece egoísta que implorava luz:
E eles viviam ao redor do fogo; e os tronos,
Os palácios dos reis coroados, as cabanas,
As moradas, enfim, do gênero que fosse,
Em chamas davam luz; As cidades consumiam-se
E os homens juntavam-se junto às casas ígneas
Para ainda uma vez olhar o rosto um do outro;
Felizes enquanto residiam bem à vista
Dos vulcões e de sua tocha montanhosa;
Expectativa apavorada era a do mundo;
Queimavam-se as florestas - mas de hora em hora
Tombavam, desfaziam-se - e, estralando, os troncos
Findavam num estrondo - e tudo era negror.
À luz desesperante a fronte dos humanos
Tinha um aspecto não terreno, se espasmódicos
Neles batiam os clarões; alguns, por terra,
Escondiam chorando os olhos; apoiavam
Outros o queixo às mãos fechadas, e sorriam;
Muitos corriam para cá e para lá,
Alimentando a pira, e a vista levantavam
Com doida inquietação para o trevoso céu,
A mortalha de um mundo extinto; e então de novo
Com maldições olhavam para a poeira, e uivavam,
Rangendo os dentes; e aves bravas davam gritos
E cheias de terror voejavam junto ao solo,
Batendo asas inúteis; as mais rudes feras
Chagavam mansas e a tremer; rojavam víboras,
E entrelaçavam-se por entre a multidão,
Silvando, mas sem presas - e eram devoradas.
E fartava-se a Guerra que cessara um tempo,
E qualquer refeição comprava-se com sangue;
E cada um sentava-se isolado e torvo,
Empanturrando-se no escuro; o amor findara;
A terra era uma idéia só - e era a de morte
Imediata e inglória; e se cevava o mal
Da fome em todas as entranhas; e morriam
Os homens, insepultos sua carne e ossos;
Os magros pelos magros eram devorados,
Os cães salteavam seus donos, exceto um,
Que se mantinha fiel a um corpo, e conservava
Em guarda as bestas e aves e famintos homens,
Até a fome os levar, ou os que caíam mortos
Atraírem seus dentes; ele não comia,
Mas com um gemido comovente e longo, e um grito
Rápido e desolado, e relambendo a mão
Que já não o agradava em paga - ele morreu.
Finou-se a multidão de fome, aos poucos; dois,
Dois inimigos que vieram a encontrar-se
Junto às brasas agonizantes de um altar
Onde se haviam empilhado coisas santas
Para um uso profano; eles a resolveram
E trêmulos rasparam, com as mãos esqueléticas,
As débeis cinzas, e com um débil assoprar
E para viver um nada, ergueram uma chama
Que não passava de arremedo; então alçaram
Os olhos quando ela se fez mais viva, e espiaram
O rosto um do outro - ao ver gritaram e morreram
- Morreram de sua própria e mútua hediondez,
- Sem um reconhecer o outro em cuja fronte
Grafara o nome "Diabo". O mundo se esvaziara,
O populoso e forte era uma informe massa,
Sem estações nem árvore, erva, homem, vida,
Massa informe de morte - um caos de argila dura.
Pararam lagos, rios, oceanos: nada
Mexia em suas profundezas silenciosas;
Sem marujos, no mar as naus apodreciam,
Caindo os mastros aos pedaços; e, ao caírem,
Dormiam nos abismos sem fazer mareta,
mortas as ondas, e as marés na sepultura,
Que já findara sua lua senhoril.
Os ventos feneceram no ar inerte, e as nuvens
Tiveram fim; a escuridão não precisava
De seu auxílio - as trevas eram o Universo.


Lord Byron
(Tradução de Castro Alves)

Oh! na Flor da Beleza Arrebatada


Oh! na flor da beleza arrebatada,
Não há de te oprimir tumba pesada;
Em tua relva as rosas criarão
Pétalas, as primeiras que virão,
E oscilará o cipreste em branda escuridão.

E junto da água a fluir azul da fonte
Inclinará a Tristeza a langue fronte
E as cismas nutrirá de sonho ardente;
Pausará lenta, e andará suavemente,
Como se com seus passos, pobre ente!
Os mortos perturbasse, mesmo levemente!

Basta! sabemos nós que o pranto é vão,
Que a morte, à nossa dor, não dá atenção.
Isso fará esquecer-nos de prantear?
Ou que choremos menos fará então?
E tu, que dizes para eu me olvidar,
Teu rosto acha-se pálido, úmido esse olhar.


Byron

Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio


Tradução de Castro Alves

Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria
-Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.

Mais val guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
-Taça - levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do reptil.

Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro...
Podeis de vinho o encher!

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.

E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
.Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...



Lord Byron

sábado, 10 de dezembro de 2011

Assim que vejo o mundo


Vejo o mundo cotidiano
Com olhos de poesia
Com maos de criatividade
Com palavras de sentimentos
Com passos de melancolia
Dando passagem a verdade

Vejo o mundo abandonado
Que ninquem parece se importar mais
Ou passa rapido demais para apreciar
Do dia a noite, a natureza agora destruida
Que me inspira a vida.

Autor : Lord Agx

Ser Especial

SER ESPECIAL


Não considere a depressão
Uma doença desprezível,
Pois ela só acomete o coração
Daquele Ser que é sensível.

As incertezas e injustiças,
As dores e desilusões,
As angústias e malícias
Despertam profundas reflexões.

O homem comum
Que não sente as dores dos outros,
Passa pelo mundo como mais um,
Talvez rindo o tempo todo.

Outros que mesmo com motivos para sorrir
Se recolhem e ficam sozinhos,
Acham injusto não poder dividir
Sua alegria com seus vizinhos.

A dor que fere o deprimido
É simplesmente um sinal
De que se trata de um Ser evoluído
Que sofre por ser especial.

Eduardo de Paula Barreto

Poema de Leandro de Bona Dias

O fim

Não mais falas paradoxas
Nem versos proféticos
Não mais paixões inóspitas
Nem beijos poéticos

Não mais letras de amor
Nem músicas românticas
Não mais vogais de dor
Nem frases semânticas

Não mais gerúndios apaixonados
Nem rimas pessimistas
Não mais sujeitos indeterminados
Nem interjeições explícitas

Nunca mais próclises egoístas
Nem dramas infinitos
Nunca mais palavras omissas
Nem romances submissos.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Somente meu...


Meu passado,minhas tristezas corrosivas
São minhas e não divido com ninquem
Meu amor,minhas lembranças mortas
São minhas e somente eu sei

Minha vida, meu mundo fechado
São partes de minha alma
Fragmentos de minha sombra vazia
Que não tem convite pra visitantes

Minha dor, meu sofrimento
São meus e não divido com ninquem
Meu silencio,e minha visão pálida
São as sobras de tudo que não senti

Meus sentimentos ,minhas lágrimas
São minhas e somente minhas
Que seres de amargura que me destroem
Não podem mais tocar.

Meu horizonte gelado, meu céu em preto e branco
É algo que construi para me proteger
Minha terra infértil, Minha doce solidão
Sao minhas e somente minhas.

Autor : Lord Agx

Dança da Solidao (Paulinho da Viola)

Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão


Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão


Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado


Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão


Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura

Meu vazio(parte 2)

"Eu me lembro muito do meu passado e de tudo que eu quis, tudo que sonhava e tudo que consequi ser...mais me lembro mais doque eu queria, doque me agonizava por nao possuir ,doque me fazia feliz e doque eu nao sabia oque me causava.Hoje eu vejo que tudo que eu achava que era uma pessima infancia e pessimo passsado , foi meus unicos lapsos de felicidade que tive,os unicos verdadeiros ...os unicos sinceros...Que saudade da minha infancia...do tempo em que eu nao tinha medo...do tempo em que eu nao sentia esse Vazio.

Eu agora vivo me lembrando do passado e oscilando sobre tudo, mesmo sendo horrivel e traumatizante é melhor que todos os possiveis futuros que penso...e é a razao pelo oque eu escolhi.

Antes eu chorava lagrimas pelo rosto
Hoje eu choro sangre pelos pulsos
Antes eu gritava e me ouviam
Hoje eu grito e me crucificam
Antes ser feliz me distraia dos meus horrores
Hoje a minha bebida tira meus pensamentos
Antes eu vivia , sentia e sorria
Hoje eu hiberno ,sofro e penso
Antes eu nao achava o mundo bom e seguro
Hoje eu acho que estou em outra dimensao
Antes eu pertencia a esse lugar...mesmo triste
Hoje sou uma figura deformada e medonha...um vazio de min"

Autor : Lord Agx

Amor por amor


Amor por amor
Memorias de um passado sofrido
Pelo o amor de um anjo maldito
Que matou meu sentimentos

Amor por amor
Entre entes meu queridos
Nenhum merece meu adeus
Ou lembrança mais que amargurada

Amor por amor
Não me recordo no passado
Nem desejos de sentir num futuro
Sentimento mais que impuro

Amor por amor
Nem sei de que se trata
Amor por amor
Deixe para quem goste de amar.

Autor : Lord Agx

Morte : Hora do Delirio

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dois fantasmas que a existência formam,
– Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.

Nunca temi tua destra,
Não sou o vulgo profano:
Nunca pensei que teu braço
Brande um punhal sobre-humano.

Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado:
Nunca dei-te, pra voares,
Terrível ginete alado.

Nunca te dei uma foice
Dura, fina e recurvada;
Nunca chamei-te inimiga,
Ímpia, cruel, ou culpada.

Amei-te sempre: – e pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, – esse elemento,
Que não se sente dos vaivéns da sorte.

Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? – Preenche-a tu comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Miríadas de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento ainda.
Para nutrir-me de meu suco impuro,
Talvez me espera uma plantinha linda.

Vermes que sobre podridões refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos ferra,
Em vós minha alma e sentimento e corpo
Irão em partes agregar-se à terra.

E depois nada mais. Já não há tempo,
Nem vida, nem sentir, nem dor, nem gosto.
Agora o nada, – esse real tão belo
Só nas terrenas vísceras deposto.

Facho que a morte ao lumiar apaga,
Foi essa alma fatal que nos aterra.
Consciência, razão, que nos afligem,
Deram em nada ao baquear em terra.

Única idéia mais real dos homens,
Morte feliz, – eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.
Cerro meus olhos contente,
Sem um ai de ansiedade.

E como autômato infante
Que ainda não sabe sentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.

Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá.

Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu – adeus.

Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

Por isso, ó morte, eu amo-te, e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.


(Junqueira Freire 1832 - 1855)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Poemas de Lord Klavier



http://lordklavier.blogspot.com

Poema : Retornello

Eu morri naquela noite
Foi naquela noite que eu morri
Corpo gelado estendido no chão
No chão há um corpo gelado
Também há uma carta
Mas ninguém viu a carta
Nem o corpo que estava no chão
Eu morri naquela noite
Sozinho eu morri
Você não viu o meu corpo?
Sozinho está meu corpo gelado estendido no chão
Uma noite sem ninguém
Não havia ninguém além de mim

Poema: Memorias de um desistente

Lembro da infância perdida
Da época em que era apenas o agora
Lembro da vida tranquila
Do mundo que não existia
Lembro dos sons
Das músicas que eu ouvia
Lembro de você
Dos olhos que não me viam
Lembro de tudo
E de todos
Lembro de fingir
Foi por isso que desisti

Poema: Comigo
Amigo, venha caminhar comigo
E mostrarei que a noite é mais clara que o dia
Que a sua força é maior que a minha
Mas me machucar não é permitido

Amigo, venha caminhar comigo
Pois assim seremos menos tristes
O sofrimento não te proíbe
De derrotar seus inimigos

Amigo, venha caminhar comigo
Veja! As estrelas nos esperam
Somos maiores do que éramos
Apenas por sermos amigos

Então, venha caminhar comigo
Pode apoiar-se em meu corpo
Mais do que isto eu não sofro
Não vê que este é o corpo de seu amigo?

Amigo! Porque não queres caminhar comigo?

Poema: Minha propia tortura
Não me aguento dentro de minha própria pele
Encurralado contra ossos e carnes
Eu faço minha própria tortura
Pois a tortura é ser eu
Talvez eu possa dar um fim a isso
Se eu pudesse viver fora de mim
Eu o faria
Caindo a cada dia
Estou na lama
Nas garras do demônio
Não consigo sair daqui
Mas gostaria poder
Porque estou preso dentro de mim
Já estou farto de pensar
Pois o mínimo impulso cerebral
É capaz de desencadear horrenda dor
Minha vida é ser sempre o último
Eu possuo vida?
Esquecido pelos outros e por mim
Quem pode me ver ou me ouvir?
A minha derrota é previsível
Mas já não sou um derrotado?
Caindo a cada dia
Não viver seria a escolha mais fácil
Mas eu quero sair daqui
Eu faço minha própria tortura
Caindo a cada dia
Portanto meu holocausto também
O fim de tudo é logo ali
Já estou farto de pensar
Entretanto é tudo o que me resta
Ficar preso dentro de mim
Caindo a cada dia
Até que meu corpo encontre o chão

Poema: Transfiguraçao
Das manhãs de solidão profunda
Às noites de desespero desconsolado
As aflições que vêm a tona
Para, de mim, se acabarem
As interrogações surgem sem respostas

As trevas consomem depressa
A cada estrela que surge a brilhar
É cada minuto que se esvaia
Por que a morte não dá um fim a isso?

A dor é cada vez mais profunda
O corpo se retorce com muita relutância
O organismo tenta lutar contra o outro
Mas as trevas consomem depressa
A cada estrela que surge a brilhar
É cada minuto que se esvaia

A minha batalha contra isso é em vão
A minha tormenta exclusão
Só alimenta ainda mais a fome
Eu já não tenho mais forças para lutar

O meu sentido aguçado me arrasta
Arrasta-me para onde eu mais temo
Para onde eu menos desejo
Quando o fim da linha chegar
A surpresa será enorme
Mas é muito difícil controlar-se

Ela me olha
Eu a reconheço
Ela me repugna
Mas eu a desejo

O grito quebra agudo na escuridão
Os meus olhos a admiram perplexos
Os meus dentes a devoram com vontade
O remorso vem aos prantos
Ou seria aos uivos?

Mas já não dá mais para lamentar
A escuridão se dissipa
A lua se esconde
Mas eu nunca irei animar

Por que a morte não dá um fim a isso?
Porque é sempre assim:
Das manhãs de solidão profunda
Às noites de desespero desconsolado

Black Celebration - Depeche Mode

Celebração Negra

Vamos ter uma celebração negra
Celebração Negra
Hoje à noite

Para celebrarmos o fato
De termos visto o verso
De outro dia negro

Percebi em você
Como você tenta vencer as dificuldades
Quando toda a esperança já se foi
Você não vê?

Seus olhos otimistas
Parecem o paraíso
Para alguém como
Eu

Eu quero carregá-la
Em meus braços
Esquecendo tudo o que eu não poderia fazer hoje

Celebração Negra
Celebração Negra
Hoje à noite

Para celebrarmos o fato
De termos visto o verso
De outro dia negro

Eu percebi você
E sua forte crença
Quanto à mim, quero alívio
Hoje à noite

Consolo
Eu quero tanto
Quero sentir o seu toque
Hoje à noite

Carregar-me em seus braços
Esquecendo tudo o que você não poderia fazer hoje

Celebração Negra
Beberei a isso
Celebração Negra
Hoje à noite


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cry ,Cry


Chore meu anjo e alivie
Chore minha queria e continue chorando
Chore ate nao puder mais ,ate encher o oceano
Chore e alivie sua dor, alivie seu sofrimento
Chore e limpe sua alma, e desborre seus olhos
Chore acabe com as magoas e as angustias
Chore e seja a divindade pura doce de olhar
Chore e quando nao puder mais chorar
Olhe para min
E me ame.

Autor : Lord Agx

Anjo da Morte



Sutil como o golpe de uma águia
Rápido como um bote de cobra
Selvagem como uma guerra de homens
E leve como uma pena a pairar no céu

Leva sua alma e suas esperanças
Suas atitudes vividas ,seu passado
Leva suas lembranças para algo distante
Que nem o mais sábio poderá descobrir

Vergonha de mais para os caídos
Felicidade de muitos deprimiidos
Caminho para os perdidos e aventureiros

Pelos religiosos do norte, temido
Pelos religiosos do sul ,adorado
E quem esteja sem fé sou infortúnio
Anjo da morte para os calados

Autor : Lord Agx